domingo, 1 de abril de 2012

Tecnologia inclusiva para pessoas com deficiência visual

 

Muitos pensam que as pessoas com deficiência visual não podem usar o computador por não enxergarem a tela, mas essa realidade mudou faz tempo. Softwares que interpretam as informações contidas nas telas e as transformam em vozes sintéticas para que sejam ouvidas.


O Brasil desenvolveu seu próprio software gratuito de acessibilidade, o Dosvox, em 1993, dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com um ambiente próprio e aplicativos específicos, ele pode ser usado em vários idiomas.
Há vários leitores de tela que são compatíveis com o sistema operacional Windows, entre eles estão o Jaws, Virtual Vision, Windoweyes. Todos são comercializados.
Carlos Alberto Peres da Silva trabalha na gráfica Pró-Braille, do Provisão, em São José dos Campos. O computador faz parte do seu dia-a-dia há cinco anos. Atualmente ele utiliza o programa Virtual Vision como leitor de tela.
Silva, que está no último ano do curso de Letras na Univap, costuma estudar e ler os clássicos da Literatura no computador, por meio de livros virtuais (e-books). Entretanto, ele encontra dificuldade quando o arquivo não é em Word. “Quando o arquivo está em formato PDF, o Virtual Vision não consegue ler e em alguns casos peço ajuda a minha esposa para transferir para o Word”, afirma.
A pedagoga Luciane Molina ressalta que não bastam apenas os leitores de tela, segundo ela, é preciso que as aplicações sejam desenvolvidas seguindo critérios básicos de acessibilidade. “Caso contrário, o leitor esbarra em obstáculos e, nem mesmo eles serão capazes de ler a tela, um exemplo são as animações em Flash”, diz Luciane.
Apesar de não ser comercializadas na mesma quantidade que o Windows da Microsoft, a Apple tem incorporado a seus produtos de software e hardware conceitos de desenho universal, como, por exemplo, o leitor de tela Voiceover integrado na plataforma iOS (Sistema Operacional Móvel da Apple). Produtos também como Iphone, Ipad ou Ipod Touch podem sair da loja com conceitos de acessibilidade.

Como a tecnologia pode melhorar a aprendizagem de alunos com deficiência?

Existem inúmeros materiais que podem auxiliar o aluno com NEE. Desde um lápis adaptado até um software, tudo é tecnologia. O desafio é descobrir o que existe ou pode ser criado para beneficiar cada criança. Na EBM Intendente Aricomedes da Silva, em Florianópolis, os softwares que ajudam na comunicação alternativa têm sido uma importante ferramenta para Daniela Rodriguez Mariano, responsável pelo AEE. A comunicação por imagens é o meio utilizado pelos professores para trabalhar os conteúdos com Vinícius Souto de Souza, 14 anos, aluno do 8º ano que tem paralisia dos membros inferiores (mielomeningocele) e é surdo.

Em parceria com os professores e uma auxiliar, Daniela utiliza um software que facilita a seleção e a padronização de imagens de acordo com os conhecimentos do garoto e o assunto a ser trabalhado. As figuras são colocadas em um vocalizador - aparelho que emite voz gravada ou sintetizada -, que permite que os demais estudantes e o professor ouçam as respostas dele. "São grandes os avanços em relação à rotina e ele já consegue trabalhar em grupo."

Nem sempre o acesso a tecnologias como a usada por Daniela está garantido na escola, mas há alternativas, como as pranchas de comunicação feitas com desenhos ou fotos. Quem leciona na sala regular pode indicar seus objetivos para o responsável pelo AEE. Com base nisso, ela seleciona imagens adequadas ao que será trabalhado. Esse profissional é sempre o mais indicado para pensar em novos recursos, que podem ser testados no contraturno e, depois de comprovada sua eficácia, demonstrados para o professor da sala. "A busca por essas tecnologias é um trabalho individualizado, que se baseia no cotidiano do aluno e no que ele demanda ao longo do tempo em que está na escola", explica Rita Bersch, fisioterapeuta e coordenadora do curso de especialização em AEE da Universidade Federal do Ceará (UFC).


"A tecnologia pode ser uma grande parceira no processo de inclusão. Se planejada conjuntamente entre o professor e o responsável pelo AEE, de acordo com as necessidades de cada aluno, ela amplia a possibilidade de ele realizar as atividades propostas em sala." Daniela Rodriguez Mariano, professora de AEE da EBM Intendente Aricomedes da Silva, em Florianópolis.

( Revista Nova Escola/2011)



Síndrome de Down

sábado, 31 de março de 2012

" Crianças são como borboletas ao vento... algumas voam rápido.. algumas voam pausadamente..mas todas voam do seu melhor jeito. Cada uma é diferente, cada uma é linda e cada uma é especial."( Autor desconhecido)

O Sonho de uma criança..

" O sonho de uma criança ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um gia, um animador, um líder. Alguem muito especial, consciente, envolvido em laços de afetividade, que se preocupa com ele e que seja capaz de fazê-la sorrir e aprender a construir sua própria aprendizagem." (Piaget)